A escritora Matilde Rosa Araújo morreu na última noite, aos 89 anos.
Matilde Rosa Lopes de Araújo nasceu a 20 de Junho de 1921 numa Lisboa ainda rural, na quinta dos avós em Benfica, foi aluna de Jacinto do Prado Coelho e Vitorino Nemésio e colega de Sebastião da Gama, Luísa Dacosta, David Mourão-Ferreira e Urbano Tavares Rodrigues, recorda a agência Lusa.
Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica (1945) com uma tese em que o jornalismo era objecto de análise académica.
Enveredando pela carreira docente, foi professora do primeiro Curso de Literatura para a Infância na Escola do Magistério Primário de Lisboa, bem como do Ensino Técnico Profissional em diversas cidades do país: Lisboa, Barreiro, Portalegre, Elvas e Porto, onde ficou efectiva.
Ávida pelos jornais, Matilde Rosa Araújo foi colaboradora da imprensa nacional e regional, como «A Capital», «O Comércio do Porto», «República», «Diário de Lisboa», «Diário de Notícias» e «Jornal do Fundão» e nas revistas «Távola Redonda», «Graal», «Árvore», «Vértice», «Seara Nova» e «Colóquio/Letras».
Desde cedo preocupada com os direitos das crianças, tornou-se sócia fundadora do Comité Português da UNICEF e do Instituto de Apoio à Criança e escreveu inúmeras vezes sobre o interesse da infância na educação e na criação literária para adultos e acerca da utilidade da literatura infanto-juvenil na formação dos mais novos.
A sua estreia na literatura teve lugar em 1943 com «A Garrana», uma história sobre a eutanásia com a qual venceu o concurso «Procura-se um Novelista», do jornal «O Século», em cujo júri de encontrava Aquilino Ribeiro.
Bibliografia
Para o público adulto escreveu também «Estrada Sem Nome», obra galardoada num concurso de contos da Faculdade de Letras, «Praia Nova», «O Chão e as Estrelas» e «Voz Nua».
Na literatura para crianças, o primeiro título publicado foi «O Livro da Tila» (1957) - escrito nas viagens de comboio entre Lisboa e Portalegre, onde leccionava, e cujos poemas foram musicados por Lopes Graça.
Seguiram-se «O Palhaço Verde», «História de um Rapaz», «O Sol e o Menino dos Pés Frios», «O Reino das Sete Pontas», «História de uma Flor», «O Gato Dourado», «As Botas de Meu Pai», «As Fadas Verdes» e «Segredos e Brincadeiras» e os mais recentes «A saquinha da flor» e «Lucilina e Antenor», entre cerca de quatro dezenas de títulos.
Prémios
O Grande Prémio de Literatura para Criança da Fundação Calouste Gulbenkian (1980), que lhe foi atribuído ex-aequo com Ricardo Alberty, foi um dos primeiros entre os muitos que a sua obra literária viria a conquistar.
Em 1991, recebeu o Prémio para o Melhor Livro Estrangeiro da Associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil, por «O Palhaço Verde», e cinco anos depois viu a obra de poesia «Fadas Verdes» ser distinguida com o prémio Gulbenkian para o melhor livro para a infância publicado no biénio 1994-1995.
Já em 1994, Matilde Rosa Araújo fora nomeada pela secção portuguesa do IBBY (Internacional Board on Books for Young People) para a edição de 1994 do Prémio Andersen, considerado o Nobel da Literatura para a Infância.
Em 2003, a escritora foi ainda condecorada, a 8 de Março, Dia da Mulher, pelo Presidente Jorge Sampaio, e em Novembro a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) decidiu agraciá-la com o Prémio Carreira.
Matilde Rosa Lopes de Araújo nasceu a 20 de Junho de 1921 numa Lisboa ainda rural, na quinta dos avós em Benfica, foi aluna de Jacinto do Prado Coelho e Vitorino Nemésio e colega de Sebastião da Gama, Luísa Dacosta, David Mourão-Ferreira e Urbano Tavares Rodrigues, recorda a agência Lusa.
Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica (1945) com uma tese em que o jornalismo era objecto de análise académica.
Enveredando pela carreira docente, foi professora do primeiro Curso de Literatura para a Infância na Escola do Magistério Primário de Lisboa, bem como do Ensino Técnico Profissional em diversas cidades do país: Lisboa, Barreiro, Portalegre, Elvas e Porto, onde ficou efectiva.
Ávida pelos jornais, Matilde Rosa Araújo foi colaboradora da imprensa nacional e regional, como «A Capital», «O Comércio do Porto», «República», «Diário de Lisboa», «Diário de Notícias» e «Jornal do Fundão» e nas revistas «Távola Redonda», «Graal», «Árvore», «Vértice», «Seara Nova» e «Colóquio/Letras».
Desde cedo preocupada com os direitos das crianças, tornou-se sócia fundadora do Comité Português da UNICEF e do Instituto de Apoio à Criança e escreveu inúmeras vezes sobre o interesse da infância na educação e na criação literária para adultos e acerca da utilidade da literatura infanto-juvenil na formação dos mais novos.
A sua estreia na literatura teve lugar em 1943 com «A Garrana», uma história sobre a eutanásia com a qual venceu o concurso «Procura-se um Novelista», do jornal «O Século», em cujo júri de encontrava Aquilino Ribeiro.
Bibliografia
Para o público adulto escreveu também «Estrada Sem Nome», obra galardoada num concurso de contos da Faculdade de Letras, «Praia Nova», «O Chão e as Estrelas» e «Voz Nua».
Na literatura para crianças, o primeiro título publicado foi «O Livro da Tila» (1957) - escrito nas viagens de comboio entre Lisboa e Portalegre, onde leccionava, e cujos poemas foram musicados por Lopes Graça.
Seguiram-se «O Palhaço Verde», «História de um Rapaz», «O Sol e o Menino dos Pés Frios», «O Reino das Sete Pontas», «História de uma Flor», «O Gato Dourado», «As Botas de Meu Pai», «As Fadas Verdes» e «Segredos e Brincadeiras» e os mais recentes «A saquinha da flor» e «Lucilina e Antenor», entre cerca de quatro dezenas de títulos.
Prémios
O Grande Prémio de Literatura para Criança da Fundação Calouste Gulbenkian (1980), que lhe foi atribuído ex-aequo com Ricardo Alberty, foi um dos primeiros entre os muitos que a sua obra literária viria a conquistar.
Em 1991, recebeu o Prémio para o Melhor Livro Estrangeiro da Associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil, por «O Palhaço Verde», e cinco anos depois viu a obra de poesia «Fadas Verdes» ser distinguida com o prémio Gulbenkian para o melhor livro para a infância publicado no biénio 1994-1995.
Já em 1994, Matilde Rosa Araújo fora nomeada pela secção portuguesa do IBBY (Internacional Board on Books for Young People) para a edição de 1994 do Prémio Andersen, considerado o Nobel da Literatura para a Infância.
Em 2003, a escritora foi ainda condecorada, a 8 de Março, Dia da Mulher, pelo Presidente Jorge Sampaio, e em Novembro a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) decidiu agraciá-la com o Prémio Carreira.