Friday, July 23, 2010

“Contraluz” não se apagou

Mas foi por pouco. Assim que o Gigi chegou ao cinema viu uma fila enorme. Por uns segundos, ainda pensei que algumas pessoas estavam ali para apoiar um filme português. No entanto, assim que entrei na sala de “Contraluz”, a minha esperança caiu por terra, tal como o balde de pipocas de uma senhora irritante que estava mais preocupada em agarrar a anca do marido. No total estavam cerca de 8 lugares ocupados.

 
Passando ao filme de Fernando Fragata, que é o motivo deste post. Apesar da premissa inicial ser interessante, um conjunto de pessoas que através de uma ajuda do destino percebe que a sua vida pode mudar radicalmente, “Contraluz” tem alguns momentos entediantes. E a culpa nem sempre é da história.


Fernando Fragata: "Não deixem o meu filme cair"

A importância de um GPS na vida da personagem de Joaquim de Almeida torna o - longo - início do filme desesperante. Há cenas demasiado extensas (e algumas dispensáveis), mas as narrativas cruzadas e alguns diálogos tecnicamente bem construídos, iluminam o filme. Mas só até a actriz Michelle Mania entrar em cena, e apagar todas as luzes e luzinhas que nele existem. O Gigi não via alguém a representar tão mal desde o dia em que Deus inventou a Jessica Simpson. Há tantas actrizes portuguesas excepcionais, porquê escolher esta americana?


No geral, e mesmo com estes pequenos acidentes de percurso, “Contraluz” é um filme que merece ser visto e comentado, porque até para falar mal é preciso ver. E o cinema português precisa de ser visto.


O Gigi aconselha-vos então a marcar o filme nacional nos vossos GPS cinematográficos. Se alguém não perceber o trocadilho, siga o link para ver o trailer de “Contraluz”.


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