Wednesday, May 4, 2011

F-Se! Cartas a Sócrates - [2]; As Minhas Cartas São Mais Bo-ni-tas que as de Catroga :)


Quando saio, amor, à tua procura, é um mundo visivelmente 
novo que anseio. (Só tu me retiras do meu recolhimento e me 
abres secretamente o desconhecido.). Saio todos os dias e todas 
as noites, amor, sabendo que não me procuras, que não sentes a 
privação nos meus gestos desastrados e incorruptos: à tua 
procura. Não pressentes a minha voz, amor, somente delicada 
para ti? Não, não reparas nem ouves os meus apelos 
definhando tímidos, enfraquecendo à tua mercê, amor? Porque 
não me procuras, amor?, eu que me abandonei e abandono 
todos os dias e todas as noites para te encontrar diante de mim 
abandonado à minha procura, procurando, procurando 
inevitáveis amor.
Porquê amor? É forçoso que esta procura seja apenas 
docemente desesperada e perdida enquanto saio todos os dias e 
todas as noites não sabendo nunca que mundo desconhecido 
anseias? Porquê, amor, desconheço?



F-Se! #ILoveSocrates + :)