Definindo o caso como “fraude absurda e ultrajante”, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu a um tribunal dos Estados Unidos para encerrar o processo aberto por Paul Ceglia que alega ser proprietário de 50% da rede social.
Em petição apresentada na quinta-feira (26), o Facebook e Zuckerberg afirmaram que o processo de Ceglia se baseia em “um contrato forjado e com provas falsas”. Também definiram Ceglia como “um trapaceiro inveterado cujos delitos se estendem a diversos países por décadas”.
Ceglia, vendedor de madeira de Nova York, alega que em 2003 assinou um contrato que lhe conferia 50% da participação de Zuckerberg naquilo que viria a se tornar o Facebook.
Primeira ação alegava 84%
Ceglia abriu um processo em julho de 2010 alegando que tinha um contrato com Zuckerberg que lhe conferia participação de 84% do Facebook. Depois de sofrer um revés em uma questão de jurisdição, Ceglia substitui seu advogado pelo grande escritório internacional DLA Piper.
Ceglia abriu um processo em julho de 2010 alegando que tinha um contrato com Zuckerberg que lhe conferia participação de 84% do Facebook. Depois de sofrer um revés em uma questão de jurisdição, Ceglia substitui seu advogado pelo grande escritório internacional DLA Piper.
A queixa reformulada cita o que Ceglia descreve como e-mails trocados com Zuckerberg. Em uma das mensagens, Zuckerberg parece estar resistindo a uma cláusula que conferiria a Ceglia participação superior a 80%. “Gostaria de sugerir que a penalidade seja excluída de todo e que voltemos a uma divisão de propriedade 50/50”, Zuckerberg teria escrito em 2 de fevereiro de 2004.
Em resposta, o Facebook e Zuckerberg questionam por que Ceglia esperou sete anos para abrir o processo, afirmando que ele ficou “totalmente silencioso” enquanto o Facebook “cresceu e se tornou uma das companhias mais conhecidas do mundo”.
O Facebook é uma empresa de capital fechado, mas analistas dizem que seu valor pode atingir os US$ 70 bilhões. Em março, a revista Forbes estimou o patrimônio líquido de Zuckerberg em US$ 13,5 bilhões. Christopher Hall, o advogado que representa Ceglia, preferiu não comentar o assunto.