Eis o Homem Capaz de!: Augusto Santos Silva
Venho de uma geração em que os colegas do sector de actividade a que pertenci andavam a Denunciar-se Uns aos Outros, sem pejo nem vergonha na Cara. Uma atitude Rasca como o Nome que se colou à sua Geração - a Rasca -; pelo menos só o Desprezo Y Asco posso nutrir pelas memórias daqueles tempos Y de tais Colegas: os do Grupo de Filosofia do Sistema Público de Ensino de Filosofia. ( Atenção: sobre os outros não me pronuncio porque não estava envolvida). Mas este segmento, supostamente o mais dado à reflexão, encontrou na denuncia de colegas a sua forma de subsistência. Era a Vida. O sistema era incongruente Y lesivo. Só nos permitia - em mini-concurso - ficarmos afectos a um y somente a um Distrito. Assim todo y qualquer colega que não anulasse todas as suas inscrições y, apenas, ficasse afecto a um distrito corria o risco de ser Delatado, como um criminoso, por esses seus parares. Foram tempos de abjecção. De Observação impotente da miserabilidade a que um ser humano - com formação em FILOSOFIA - é capaz de consubstanciar na dinâmica social democrática, de segurança Y Paz Y suposto Diálogo. Onde diálogo era via Possível, onde era possível chamar à atenção de um Ministério da Educação sobre o grotesco inerente à selecção dos Futuros contratados do Sistema de Ensino. Os sindicatos - todos eles - eram silenciosos: sem propostas, sem apoio, sem integração deste problema nas suas agendas. Se esta era uma prioridade para uma geração, era um problema emergente Y em escalada de bola de Neve a devastar muitos sonhos, vidas, carreiras profissionais, projectos de dia-a-dia do clássico "Pão sobre a mesa". Esta circunstância não entrava nas Agendas de ninguém. Nem dos Professores Universitários - Os Altos Pensantes y Filósofos do País, que, tal como os seus discípulos delatores, bufos y denunciadores estavam preocupados com os despedimentos entre eles Y o brio y estatuto da sua alta Disciplina Pensante - a Filosofia. Era Importante manter aquele número certo de alunos a Profissionalizar - da Ração! - da Ração sem Razão - que os iria também, a eles, alimentar de "Queijo sobre a mesa"! Aquele ar enfatuado (na falta de um original próprio), clássico y capricho de lembrar sempre Y prontamente que faca y queijo é coisa deles. Nem uma fresta para um sentar na mesa Y um «vamos ver como podemos repartir o "Pão"». É! O Vinho não é para celebrar entre desiguais.
Quem trouxe "o Vinho à mesa", a esta mesa, foi o Augusto Santos silva, então Ministro da Educação. Com a introdução da possibilidade dos Professores acederam ao Fundo de Desemprego - de uma forma Justa Y consentânea com a realidade-circunstância da carreira Docente, nos estatutos de então! Foi chocante (Y RECONFORTANTE, no resultado) deparar-me com uma Proposta vinda do Governo ser a mais ajustada à realidade do que as vergonhosas, desfasadas, alieníngenas, aleatórias Propostas das Oposições Y Sindicados. Um Sempre Obrigada - Muito Grato - ao Augusto Santos Silva, pois foram tempos de ASCO Y de desolação, a todos os níveis. Talvez, o mesmo que estes jovens de Hoje - os da Geração à Rasca Sentem! Com a diferença que passo, de certa forma, a Valorizar como corte Abismal com a tal Geração Mesmo Rasca que esses meus Colegas de Filosofia são o Rasco Rosto Exemplar!, Y, ainda que sem conhecimento no terreno: parece que esta Geração não se anda a Delatar, a Denunciar, a Bufar a si Própria, mas a procurar o Diálogo - espero que seja o diálogo numa democracia a Prevalecer! Se não sabem a quem se dirigir? Falem com o Augusto Santos Silva! É o meu contributo para esta Manifestação.
F-Se! É! A Geração Rasca que eu Conheci foi mesmo RASCA! Eu nunca lhe calcorreei os passos Y muito menos a Voz Y sim! Orgulhosamente uma só má discípula da Filosofia.