Um sismo de 8.9 graus na escala de Richter provocou hoje um tsunami com ondas de vários metros de altura no nordeste do Japão. O número de mortos está a aumentar. (actualizada)
Depois de inicialmente se ter confirmado apenas uma morte, o governo japonês já confirmou cinco fatalidades, mas a agência noticiosa Kyodo diz que são 15 as vítimas mortais registadas até agora.
Barcos, carros, destroços de edifícios, tudo misturado com a água do mar irrompera terra adentro ao longo de vários quilómetros. À água do tsunami juntam-se as chamas dos incêndios provocados pelo sismo de 8.9 graus na escala de Richter.
De acordo com Yukio Edano, um porta-voz do governo, já foram enviado militares para ajudarem nas operações de resgate na zona mais afectada.
Há relatos de vários feridos em Tóquio, fortemente atingida, a centenas de quilómetros de distância da zona de entrada do tsunami em terra.
O primeiro-ministro nipónico, Naoto Kan, adminitiu que o desastre provocou «largos danos» na região nordeste. Ainda assim, o governante garantiu que as unidades de energia nuclear não foram danificadas e que não houve fugas radioactivas.
De acordo com Junichi Sawada, da Agência de Controlo de Incêndios e Desastres japonesa, «este é um sismo intenso raro, e os danos podem aumentar a cada minuto».
O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, no Havai, alargou o alerta de tsunami à Rússia, à Ilha Marcus e às Marianas do Norte. Sob aviso estão ainda Guam, Taiwan, as Filipinas, a Indonésia, Havai e, mais recentemente, toda a América do Norte, do México ao Alaska.
Quarta-feira, o Japão tinha sido atingido por um terramoto de 7.2, com epicentro no oceano Pacífico, a 160 km da costa este de Honshu - a maior ilha do país e onde se situa Tóquio.
Na sequência do tremor de terra, que aconteceu a cerca de 14 km da superfície, as autoridades japonesas emitiram um alerta de tsunami. Mas apesar da intensidade do sismo, a altura prevista do tsunami foi de apenas de 0,5 metros.