Vão-se avolumando, no emaranhado mediático, os exemplos de casos paradigma do Complexo K-M.
Uma vez mais, Y, agora, mais do que o resto do mundo, neste caso particular do Carlos Castro, Portugal-Dimensão-Mediática está face ao entorno do que caracteriza o que o Javier Marías avançou por Complexo K-M, no seu romance "O Teu Rosto Amanhã". O Ricardo Santos Pinto, no Aventar, deixa a derradeira interrogação que subjaz à exploração exemplar do tema no romance-trilogia: "Quantos não dariam a vida para ter uma morte assim?" A questão ultrapassa a ironia ou o mau gosto. Ela é paradigma da construção da Imagem que ao longo da vida teimamos construir, ajustamos, sacrificamos, forçamos, forjamos, desesperamos versus a derradeira imagem com que todos os outros ficam da nossa própria morte. Imagem da qual já não nos é dado o privilégio de sermos os actores derradeiros, activos, agentes actuantes, nem sequer de espectadores. Mas ela prevalece espelhando ou derramando tudo o que faltava verter. Ela apanha-nos sempre de surpresa, y nós não saberemos. Seremos os únicos a não testemunhar, mas o testemunho. Y muitas vezes, isso, essa derradeira imagem é a metáfora, culmina em metáfora, Heróica ou Grotesca. Podendo não ter nada - em absoluto - a ver connosco próprios ou ter tudo a ver. Mas é ela - a imagem derradeira que de nós ficará - que colará em consistência de remate final todas as outras imagens que laboramos, com temeroso zelo ou deixamos fluir com desprendido desprezo.
F-Se! Sim. O Renato Seabra (independentemente de tudo) vai precisar também da nossa Solidariedade, de Portugueses. Que fique à consciência de cada um. Que as leituras de Dostoiévski tenham deixado um lastro para a reflexão y não para a precipitação.