Alberto João Jardim volta a ter o "cheiro a pólvora" com que gosta de enfrentar as batalhas eleitorais. As regionais de Outubro serão o seu ajuste de contas não só com José Manuel Coelho - que emergiu como rosto do antijardinismo mas não consegue congregar a oposição - mas também com o eleitorado do PSD que se insubordinou nas presidenciais ao votar no candidato madeirense.
Paradoxalmente, o líder do PSD vai disputar as próximas eleições regionais no cenário que menos deseja: contra os partidos da oposição não federados em coligação. A bipolarização total facilitaria a sua linear estratégia de transformar o escrutínio num plebiscito entre o "bem" que personifica e as forças do "mal" que combate, entre os "autonomistas" e os "traidores da Madeira" contra os quais o toque a rebate ecoaria mais forte entre o eleitorado social-democrata baralhado com a falta de alternativa interna e externa.
A votação obtida por José Manuel Coelho nas eleições de domingo passado no arquipélago, beneficiando em parte da circunstância de ser o primeiro madeirense a candidatar-se à Presidência da República, incomodou particularmente Jardim, alvo predilecto das críticas e sátiras do depreciativamente designado "Tiririca da Madeira" que retirou cerca de 15 mil votos ao PSD. Mas importunou igualmente todos os partidos da oposição que se viram ultrapassados pelo candidato anti-sistema, para o qual perderam em conjunto mais de 25 mil votos, se comparamos os obtidos nas regionais de 2007 com a votação dos candidatos presidenciais que apoiaram.
Jardim adianta que não tem de "repensar a estratégia, porque ela bateu certo". "A única coisa que não previ foi que o outro [Coelho] desencabrestasse. De resto, deu tudo certo: vejam o que aconteceu ao PS, ao PP, ao BE, ao PCP", frisou o líder madeirense, no regresso às inaugurações, depois de ter estado internado após um enfarte agudo do miocárdio.
Para disfarçar o incómodo eleitoral, Jardim repete a "anedota que contam por aí": "Que eu voltei ao hospital, porque ficou-me um osso de coelho atravessado na garganta. Mas, quem está com o osso na garganta são os partidos que desapareceram todos do mapa". Depois, lançando o mote para a campanha de Outubro, pede "cuidado" com os "falsos profetas": "O Hitler e o Mussolini, o fascismo na Europa foi com linguagem de esquerda que chegou ditatorialmente ao poder. O que está por trás disto tudo é voltar ao passado, a um sistema que estava montado na Madeira", destaca.
Paradoxalmente, o líder do PSD vai disputar as próximas eleições regionais no cenário que menos deseja: contra os partidos da oposição não federados em coligação. A bipolarização total facilitaria a sua linear estratégia de transformar o escrutínio num plebiscito entre o "bem" que personifica e as forças do "mal" que combate, entre os "autonomistas" e os "traidores da Madeira" contra os quais o toque a rebate ecoaria mais forte entre o eleitorado social-democrata baralhado com a falta de alternativa interna e externa.
A votação obtida por José Manuel Coelho nas eleições de domingo passado no arquipélago, beneficiando em parte da circunstância de ser o primeiro madeirense a candidatar-se à Presidência da República, incomodou particularmente Jardim, alvo predilecto das críticas e sátiras do depreciativamente designado "Tiririca da Madeira" que retirou cerca de 15 mil votos ao PSD. Mas importunou igualmente todos os partidos da oposição que se viram ultrapassados pelo candidato anti-sistema, para o qual perderam em conjunto mais de 25 mil votos, se comparamos os obtidos nas regionais de 2007 com a votação dos candidatos presidenciais que apoiaram.
Jardim adianta que não tem de "repensar a estratégia, porque ela bateu certo". "A única coisa que não previ foi que o outro [Coelho] desencabrestasse. De resto, deu tudo certo: vejam o que aconteceu ao PS, ao PP, ao BE, ao PCP", frisou o líder madeirense, no regresso às inaugurações, depois de ter estado internado após um enfarte agudo do miocárdio.
Para disfarçar o incómodo eleitoral, Jardim repete a "anedota que contam por aí": "Que eu voltei ao hospital, porque ficou-me um osso de coelho atravessado na garganta. Mas, quem está com o osso na garganta são os partidos que desapareceram todos do mapa". Depois, lançando o mote para a campanha de Outubro, pede "cuidado" com os "falsos profetas": "O Hitler e o Mussolini, o fascismo na Europa foi com linguagem de esquerda que chegou ditatorialmente ao poder. O que está por trás disto tudo é voltar ao passado, a um sistema que estava montado na Madeira", destaca.