O concelho de Amarante, e mais concretamente o centro histórico e a freguesia de Padronelo, revela níveis de radioactividade natural elevados. Essa é a principal conclusão de uma tese de mestrado em Recursos Geológicos, que foi premiada recentemente.
Lisa Martins, 26 anos, quando se matriculou no mestrado de Recursos Geológicos e Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), estava longe de imaginar que a pesquisa sobre a radioactividade natural em Amarante revelasse valores "tão significativos", designadamente em habitações e em fontanários.
Ainda assim, para a investigadora os dados não são "alarmantes", recomendando a "ventilação frequente das habitações".
"Há um estudo semelhante, feito em Vila Real, com níveis preocupantes. Porém, em Amarante verificou-se uma maior dose de radioactividade natural", disse, a investigadora da UTAD, explicando que a "a principal fonte de radiação natural é o gás radão, proveniente do urânio, existente nas rochas, nos solos e na água".
Durante ano e meio, Lisa Martins , orientada pela professora Maria Elisa Gomes (da UTAD), e pelo professor Luís Figueiredo Neves (da Universidade de Coimbra), contando também com a colaboração do Laboratório da Radioactividade Natural da Universidade de Coimbra, fez "uma avaliação do potencial radiométrico no terreno, associado às diferentes rochas", contou.
"Recolhemos amostras de água de fontanários e nascentes e deixámos, durante três meses, detectores em dezenas de habitações, durante o Inverno", explicou a investigadora, chamando a atenção para o facto de ter escolhido essa altura "por se verificar uma menor ventilação das casas e, com isso, maiores níveis de radão".
Relativamente à concentração de radão nas águas da região, foram obtidos em seis locais (dos 14 observados) valores acima da média. No que diz respeito às habitações, a análise dos 73 detectores mostra que as elevadas concentrações de radão ocorrem no granito da zona de Padronelo, presente também no centro histórico de Amarante.
"Das 73 casas, 35 apresentam valores de radão superiores aos recomendados pela legislação nacional", referiu Lisa Martins, sublinhando a necessidade das "autoridades municipais levarem a cabo sessões de esclarecimento público" e "incluírem estes estudos na elaboração dos Planos de Ordenamento do Território".
Até porque, "nos solos, o gás radão tende a dissipar-se, mas no interior das casas pode mesmo atingir concentrações que, ao longo do tempo de exposição, poderão originar neoplasias pulmonares, leucemia infantil e arteriosclerose", acrescentou Lisa.
Lisa Martins, 26 anos, quando se matriculou no mestrado de Recursos Geológicos e Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), estava longe de imaginar que a pesquisa sobre a radioactividade natural em Amarante revelasse valores "tão significativos", designadamente em habitações e em fontanários.
Ainda assim, para a investigadora os dados não são "alarmantes", recomendando a "ventilação frequente das habitações".
"Há um estudo semelhante, feito em Vila Real, com níveis preocupantes. Porém, em Amarante verificou-se uma maior dose de radioactividade natural", disse, a investigadora da UTAD, explicando que a "a principal fonte de radiação natural é o gás radão, proveniente do urânio, existente nas rochas, nos solos e na água".
Durante ano e meio, Lisa Martins , orientada pela professora Maria Elisa Gomes (da UTAD), e pelo professor Luís Figueiredo Neves (da Universidade de Coimbra), contando também com a colaboração do Laboratório da Radioactividade Natural da Universidade de Coimbra, fez "uma avaliação do potencial radiométrico no terreno, associado às diferentes rochas", contou.
"Recolhemos amostras de água de fontanários e nascentes e deixámos, durante três meses, detectores em dezenas de habitações, durante o Inverno", explicou a investigadora, chamando a atenção para o facto de ter escolhido essa altura "por se verificar uma menor ventilação das casas e, com isso, maiores níveis de radão".
Relativamente à concentração de radão nas águas da região, foram obtidos em seis locais (dos 14 observados) valores acima da média. No que diz respeito às habitações, a análise dos 73 detectores mostra que as elevadas concentrações de radão ocorrem no granito da zona de Padronelo, presente também no centro histórico de Amarante.
"Das 73 casas, 35 apresentam valores de radão superiores aos recomendados pela legislação nacional", referiu Lisa Martins, sublinhando a necessidade das "autoridades municipais levarem a cabo sessões de esclarecimento público" e "incluírem estes estudos na elaboração dos Planos de Ordenamento do Território".
Até porque, "nos solos, o gás radão tende a dissipar-se, mas no interior das casas pode mesmo atingir concentrações que, ao longo do tempo de exposição, poderão originar neoplasias pulmonares, leucemia infantil e arteriosclerose", acrescentou Lisa.