Tuesday, September 28, 2010

F-Se! Uma 7ª Despedida, ... levo os teus olhos no meu rosto, Amigo, bem dentro dos meus; Amigo é 1 palavra tão grande Y vai amarrando Y desamarrando corpos.





Como se desfaz a respiração nos rostos: alongando ao ébano das máscaras o desperdício, dizes,
na evidência há (quando olhas) um ímpeto suicida, desferindo com emoção um dardo lanças
na derradeira verdade dos corpos a repetição, dizes; 


e as máscaras confundem-se no fôlego das faces sôfregas, violentando a pulsão
os mortos concedem-te um verso, consagrando a tragédia óssea, e a carne teima prisioneira o improviso,
não foge, dizes.


São lâminas magníficas os olhos e abrindo a boca duplicas todas as coisas doentes e no fastio,
que não cuidas, constróis uma jangada e cospes a fome, essa certa ignorância que atravessa os corpos e, dizes, quando
ninguém te escuta: são rápidas as mortalhas enfaixando nos olhos o incêndio. 

Não adianta partir com gestos decepados ou fazer uma festa se não celebras as ravinas cansadas da raiva
e o depois é uma parábola de cinza, faz ulcerar, onde se traz vivo o coração,
a água ou o cinturão de lume – o que viola o corpo de desejos, dizes;
e o corpo é de cinza quando deseja o amor que faz: não abre girassóis nem conhece saindo do lodo
outro corpo: deixa-te preso aos músculos a respiração do moribundo
e os olhos crestam com esse abalo, dizes, supões atenuar a dor e sem poderes
perpetuas um intruso golpe, e, tal como a lua não volta a face,
um presente convulsivo abrevia a sua glória.





F-se! "Kükü para os Poetas* Portugueses (Género Masculino Y menos para o Feminino) são todos uma grande porcaria, com raras excepções de versos, mas que não dão para salvar 1 poema." Uma das minhas frases clássicas. Não é, Amigo?! É! 

PS*.: Reporto-me aos nascidos Depois de 1965 - ou seja - aos da minha geração y next-generation; Y sem esquecer uns mais idosos que começaram a ser poetas há quasi pouco tempo.