Wednesday, August 11, 2010

Ler+: Ângelo Ôchoa

Ilha do Arcanjo;
árida vereda, livre toada, árido verso.
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Porto Formoso,
no coração do verde chá.
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Faial,
abalo ou convulsão, céu estrelado, às lavas.
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Da Horta à Madalena
vela enfunada leva-me o branco nada.
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Pico revisto,
com vides, penhas, entrechos basálticos.
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Nos Capelinhos
gravar teu nome, à flor cinza,
na costa do relevo.
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P’lo Canal
frágil veleiro
vai lieiro.
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A Senhora da Guia
voo me acompanhe à vivaz luz.
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Flamengos,
bodes, asininos, bovinos.
Quando não agrícola empresa, familiar gestão.
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Em Angra, nas proximidades do Museu,
decifrar línguas d’arrulho
a cúmplices pombos,
num vagaroso sono,
sob céu nítido.
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Jardim Duque da Terceira,
com nuvens às farripas, iguais a pétalas.
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Da Angra à Praia da Vitória
p’los olhos se afundam
excessivas lindezas.
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Luz demasiada
rota da alegria;
maternal coração
timidez vencida.
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Biscoitos;
num terraço
ajardinados vasos.
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Feteira:
Um chafariz,
uma inscrição,
um toldo.
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Açores em Périplo do Ângelo Ochoa