Temos que nos entreter com qualquer coisa. Quando o Outro, ao nosso lado, precisa de nós: lavamos as mãos como Pilatos y batemos em retirada. Quando o Outro está acima de nós colamo-nos como carraças y lambemo-lo por tudo. Quando o Outro está abaixo de nós calcamo-lo como à terra batida. Quando desconhecemos o Outro fazemos de conta que o sol é o mesmo, até as nuvens começarem a aparecer para nos dizer que a sombra é pequena para dois. Tudo o mais é conveniência y cheiro de pele. Y o pior dos cheiros é o cheiro do pobre. Mas os pobres são iguais, tão desagradáveis quanto podem ser os iguais. Tão venenosos quanto os rivais. Tão cruéis quanto o inimigo. Tão úteis quanto sapatos para atravessar um caminho com pedregulhos.
Nesta história, só o Amor nos pode confundir. Aí não importa que o outro seja eu y eu o outro, o rosto desfaz-se num nós.
A Humanidade é uma história de pessoas insuportáveis, acima de tudo.
Nesta história, só o Amor nos pode confundir. Aí não importa que o outro seja eu y eu o outro, o rosto desfaz-se num nós.
A Humanidade é uma história de pessoas insuportáveis, acima de tudo.
F-se! Quando a Estética tem Prioridade, é a prioridade.
PS.: Este texto foi censurado pelo Forum Gulbenkian. Mas aprovaram este disparate que escrevi sob o nome de Alexandre Duarte /O Outro é sempre uma alma do outro mundo.
Nos que somos vivos precisamos dos outros, esses mortos? Sim. Todos gostamos de ter coisas guardadas no armário./. O que dizer ?
Nos que somos vivos precisamos dos outros, esses mortos? Sim. Todos gostamos de ter coisas guardadas no armário./. O que dizer ?