"O meu coração está preenchido, não há nele outro sentimento que não seja o amor ao meu país e aos meus compatriotas e a gratidão de poder ter servido Portugal". Foi assim que José Sócrates terminou a intervenção em que anunciou a sua demissão e o regresso à sua condição de militante de base do PS e de cidadão.
Com mais de 80 por cento das freguesias apuradas, José Sócrates assumiu a derrota e apresentou a demissão de secretário-geral dos socialistas. "Entendo que é necessário abrir um novo ciclo político no PS. Pedi já ao presidente do PS para convocar a comissão nacional do PS de modo a tão depressa quanto possível convocar um congresso extraordinário" para escolher o próximo secretário-geral", afirmou José Sócrates, a partir do Hotel Altis, em Lisboa.
O secretário-geral do PS referiu que já felicitou o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, pela sua vitória nas eleições legislativas. Sócrates assumiu a responsabilidade pela derrota e disse que é chegado o momento de abrir um novo ciclo no PS.
"Não levo ressentimentos nem amarguras, não são essas as companhias que quero para os dias felizes que tenho à minha frente", disse o ainda líder do PS.
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