Eram por volta das 9.30 meia da noite quando a população de Vila Chã do Marão, em Amarante, se encontrava a realizar a procissão religiosa da Via-sacra, que pela primeira vez saia à rua, não imaginado sequer o que estaria para acontecer.
«À frente seguia um carro em marcha lenta e com os piscas ligados, e logo atrás a população que participava na procissão. De repente, em grande velocidade, um carro, inicia uma manobra de ultrapassagem a alta velocidade. Apercebendo-se das pessoas, o condutor, perde o controlo do carro, embate num muro e o carro começa a derrapar, apanhando as pessoas da frente da procissão. Eu, mais algumas pessoas, conseguimos atirar-nos para uma leira fora da estrada. Só ouvia gritos, sangue, pessoas sem pernas, imagens horríveis”. É assim, que Maria Marto, em exclusivo ao AKADEMIA E AO CPG, descreve o cenário dantesco de ontem à noite.
Do acidente, resultaram três mortos, sete feridos graves e quatro ligeiros. A população está incrédula com o que se passou e sobretudo não conseguem entender a decisão policial em manter liberto o jovem que provocou o grave acidente. «É impossível como ele continua livre, sabendo que foi responsável por toda esta tragédia que se abateu sobre a nossa freguesia», comenta testemunha ocular da freguesia.
A GNR após ter realizado análises ao sangue do condutor, jovem da freguesia, verificou que este não estava sobre o efeito de álcool e por isso manter apenas o termo de identidade e residência, antes de apresentação ao Tribunal de Amarante.
Os hospitais de Penafiel e Amarante receberam 11 vítimas do acidente, tendo conferido alta à maioria durante a madrugada e transferidos três para o Porto.
Dos 11 feridos recebidos nos hospitais Padre Américo, em Penafiel, e São Gonçalo, em Amarante, cinco receberam alta às 01:30 e mais três até às 06:30. Um grave acidente no concelho de Amarante a aumentar o número de mortos na operação Páscoa 2011, que conta já com 9 mortos e 25 feridos graves.
