Friday, October 29, 2010

F-Se! O 1º Filme: 1 Documentário. Facing Genocide - Khieu Samphan and Pol Pot. Ou O Outro Lado do S-21 Killing Machine. Y Sempre existe 1 Maquilhado de Karl Marx a Colocar a Carunchosa Notinha de rodapé: Propaganda Americana.

Há dias de "sorte". Ir ao cinema ver um filme, como se as pequenas fortunas Y conquistas se acumulassem também em frames. Já com a predisposição de me sujeitar a um certo encanto de ver algo em língua estranha, apenas deixado fluir a imagem, deixá-la aplacar-me com a sua delicadeza ou bruteza ... deixar que o sentido, o contexto semântico se eclipse. Afinal, se pensarmos bem - Y - com uma certa honestidade, pouco acabamos por perceber deste mundo Y das coisas dele.  Mas pequenos incidentes  ditaram o inesperado.

No programa constavam 5 filmes, todos diferentes, distribuídos por 5 salas Y sem existirem sessões coincidentes y nas horas mais in-usuais de um Tuga ir ao cinema. A última sessão estava escalonada para as 20:30.  Mas às 18:45 um Cartaz a preto Y branco Anunciava: "Facing a Genocide". Era isso! Um Documentário. Tendo falhado o doclisboa2010 só podia escolher 1 Documentário para inaugurar as minhas idas ao cinema em terra estranha.  Nesse espaço de cinefilia, o pulmão está no espaço restaurante-bar. Foi lá que aguardei pela hora. Porque a Bilheteira só funciona pouco antes das sessões, Y se não fossem os cartazes nem se adivinhava  que ali existiam 5 salas de cinema. Tomei chá circundada por 1 grupo de Srªs nos seus 70 y mais alguns, com 1 curioso ar de virgens-lésbicas.  Chegada a hora: a bilheteira y a Pergunta: em que idioma é o documentário? Apontaram-me para um homem na Maturidade, irrepreensivelmente urbano no seu cuidado de talhe intelectual.  Ele respondeu-me: "Francês y também cambodjano, as legendas na minha língua, não em inglês". Depois do meu Ok, inevitavelmente, precipitei-me na minha apologia do doclisboa, como o grande festival do documentário que eu tinha falhado. Este documentário seria uma purgação... etc. etc. Sim. Pensava que o Sr. na Maturidade era o Programador daquele espaço. Mas... não. Só no final do Doc. que por avaria técnica teve de passar a versão legendada em Inglês - ó que sorte a minha! - fiquei a saber que ele era o realizador. Os únicos naquela sala meia-cheia/ meia-vazia que tinham visto o S-21 The Killing Machine.




S-21 The Killing Machine 1/10



Os únicos - Eu Y o Realizador - que sabíamos (tínhamos a obrigação de o destacar) que "Facing a Genocide" Y o seu conteúdo não poderia ser arrumado como Propaganda Americana, que o Campo de Concentração S-21 não era uma encenação, uma coreografia de tortura Y morte.  Como Sueco que era o Realizador Sueco condescendeu na teoria da Propaganda Americana, anuindo que muitas mortes Y mal sobrevieram ao Povo Cambojano pela mão dos Americanos. Mas, eu não. Depois de ter visto S-21 The Killing Machine ficou-me a obrigação de silenciar todo Y qualquer contemporâneo - na sua quase perfeita máscara imaculada y cuidada ao infinito de Karl Marx - que puxa da sua Arma de perpetuação de idiotização maciça "Propaganda Americana". É! Ali um Sr. de estética Karl Marx resolveu abrilhantar a sessão com a sua estada no Cambodja, país que dizia conhecer de perto Y que informando toda a sala - este assunto: S-21 à sua população pouco ou nada diz ou disso se faz eco. Y que - segundo o Sr. Karl Marx Séc. 21, isto não é mais do que uma instrumentalização da propaganda Americana. Ó como eu nasci talhada com o dom Y talento Y arte y magnânimo sentido de criação-industrialização de inimigos.  40 anos a falar português dá-nos uma projecção de timbre que um duplo microfone não tem a potência.  Assim, ainda que num Inglês coxo o Sr. Karl Marx Séc. 21 nem teve oportunidade de se derreter naquela paposa lenga-lenga da Santidade dos Regimes que professaram os ideais Y que agora são travestidos com difamações - as tais propagandas das Américas ... etc. .
S-21 Existiu. É um facto. S-21 foi uma engenhosa máquina de Tortura Y Morte. S-21é um dos múltiplos exemplos da complexidade maligna da condição humana; do mal, do dano eclodir, inexplicavelmente, porque é mandatado. Quem executa, quem o consuma, até vai ao limite inimaginável de se apaixonar, de se endossar de alma a uma circunstância que apenas era suposto ser um factor mecânico Y sentimentalmente asséptico. 
Ó!, o demónio da Propaganda Americana a dar destaque a uma ocorrência da história recente do Cambodja que os próprios não ligam. É! Pois. Sr. Karl Marx tem razão! Tem mesmo muita Razão. Os Cambodjanos não dão destaque, nem disso fazem grande eco por duas razões: a primeira é 1 clássico da condição humana: o esquecer para continuar seguindo, aí o silêncio Y o tempo são o antídoto da malignidade; o 2º os milhares de Cambodjanos vítimas  do S-21 estão MORTOS. Sim. Muito a humanidade fala em fantasmas ... Sr. Karl Marx Séc. 21 da Propaganda Americana. Mas os fantasmas dos S-21 não falam... por isso, quiçá também tanto silêncio no Cambodja sobre o assunto. 

O Documentario Facing a Genocide - Khieu Samphan and Pol Pot 


F-Se! A Minha Colecção de inimigos cresce de vento-em-popa ... O denominador-comum da minha estada em qualquer parte ... S-21 Propaganda Americana?!! Isso é que não! Isso é que não. Coloquem na Árvore de Natal das Quimeras - Srs Karl Marx - outros fantasmas. Aliás. Imagino que o próprio Karl Marx ficaria horrorizado com estas barbaridades de corroboração forçada das suas teorias (a batota velhaca dos discursos em tornos do purgar das atrocidades, negando-as, teimando a sua negação. Como se assim elas nunca tivessem existido).