Augusto Santos Silva, sempre!, sempre memorável na sua coluna de Opinião no Jornal Público, em que a última coluna que escreveu, antes de integrar o Governo, poderia funcionar como que um Juramento de Princípios para futuros Governantes e Responsáveis de Cargos Públicos, é uma voz, agora, que se começa a ouvir face ao Arrebitar da heterogénea-classe de Professores.
A Classe d Professores: 1º não é uma Classe, e como tal não deve ser tratada, interpretada, interpelada, ou seja, percepcionada como um todo homogéneo. A Classe de professores são Dez - 10 - X Classes, tantas quanto os escalões que tem. Essa dita Classe's não tem como factor de discrime o ser Professor e tudo aquilo que é essencial para a definição da actividade Docente. Cada membro dessa Classe procura a sua Afirmação y posiciona-se face ao contexto da Educação conforme os interesses inerentes ao Escalão a que pertence. É um portador excepcional daquilo a que os Suecos denominam por Likgiltig, isto é, indiferente, mas um indiferente com postura de cadáver face ao que se passa à sua volta, incapaz de qualquer solidariedade, de qualquer gesto para além do encolher de ombros seguido do voltar de costas agoniado pelo incómodo. Assim estão as sub-classes-escalonadas de professores face esplendores y misérias de cada escalão, é como se nada os unisse entre si, como se entre si o vínculo "Ensino-Aprendizagem" fosse um dano colateral, algo seguramente equívoco, acidental. Dado que de escalão em escalão se progredia ao ritmo dessa Entidade Maior, o Tempo, a brandura no trato y uma certa atmosfera de casa branda, onde não falta o pão, então, quando alguém se zanga é porque há alguma razão. O tempo deixará de ser essa Entidade Maior, contudo o tamanho do pão dependerá em muito do dedo em riste de alguém que só poderá estar acima por causa do Tempo ou abaixo por causa do Tempo. Vamos abreviar.
Numa Classe de vastas e desfasadas subclasses - seriadas pelo tempo - como INSTITUCIONALIZAR a FIGURA DO AVALIADOR, como legitimá-la, como a operacionalizar. Y como sustentar uma estratigrafia de competências? Ou seja: o Professor vai querer-se Bom aos Bocadinhos? Quero dizer: Reconsiderem a Via da REFORMA COMPLETA: comecem do Zero. EXAMES NACIONAIS DE ACESSO À CARREIRA DOCENTE. O Modelo Espanhol é Excepcional!! Exige Saber, Esforço, Empenho, Seriedade, Risco y Muito Trabalho Individual. Será que os Portugueses ainda não se sentem preparados para tudo isso? Era bom que o Mérito - devidamente aferido - começasse a constar dos requisitos para exercer a profissão Docente.
Agora o móbil, parece que é Universal à Classe y às suas subclasses. Donos do Ensino querem que a sua progessão na careira se paute pelo facilitismo da Entidade Tempo, escondem o seu intento professando o voto y a disponibilidade para serem avaliados, enquando os dedos se cruzam nos bolsos y demais superstições ... Já todos sabem que o bolo não pode ser para todos, mas os professores ainda não querem acreditar nisso. Talvez se descobrirmos jazidas de Petróleo ao Largo dos Algarves; Sesimbras, Guinchos, Mecos e outros mares do País. Mas por enquanto: há que racionar o Bolo. É esse até agora o plano do Governo, como melho solução. Mas poque não desmantelar o Bolo?? Assim, como que como em Espanha: Ordenado IGUAL do Princípio ao Fim da Carreira. Pois, o Professor quere-se Bom do Primeiro ao último dia de Carreira. Mas aí, a Classe ficava reduzida a uma só. Deixaria de ter a propícia estratigrafia, pródiga em fomentar a Likgiltig face ao que circunda de tão embevicidos de lamberem o próprio umbigo.
F-se! Augusto Santos Silva, Primeiro Ministro para quando? Que País distraído este! O Homem até é melhor do que os Jornalistas, como se viu com a ERC; até foi melhor que a FRENTPROF y demais Sindicatos y Partido Comunista na sua Proposta para o acesso ao Subsídio de Desemprego da Classe de Professores. Com tal Proposta, revelou conhecer mais e melhor a Classe do que o Afamado Sindicato FrentProf.