Tuesday, May 6, 2008

F-se! Verdade com Castigo e Recompensa.

( Este post é dedicado a um Tarado.)

Enquanto isto se passava nas terras pela lei do destino,/
e o berço de Baco, duas vezes nascido, estava em segurança,/
sucedeu que, um dia, Júpiter, diz-se, relaxado pelo néctar,/
pusera de lado os seus graves cuidados e brincava, brejeiro,/
com Juno, também ela ociosa: ' O prazer sexual é para vós,/
sem dúvida, muito superior ao que cabe aos homens', dissera.
Ela recusa tal ideia. Acordam então averiguar qual a opinião/
do douto Tirésias. É que este conhecia os dois lados do amor./
De facto, em certa ocasião sovara duas enormes serpentes,/
que acasalavam na erva verdejante, a golpes do seu bastão./
De homem convertera-se em mulher ( espantoso!), e passara/
sete Outonos assim. Ao oitavo, viu de novo aquelas serpentes./
'Se tão grande é o poder da pancada com que vos feri', disse,/
'a ponto de mudar no contrário o sexo de quem vos golpeou,/
bater-vos-ei também agora.' Golpeando as mesmas serpentes/
retornou à sua forma primitiva e a figura com que nascera voltou./
Ele é, pois, o mediador nomeado para este litígio brincalhão./
Dá razão às palavras de Júpiter. A filha de Saturno, diz-se,/
ficou magoada, mais do que seria justo e o assunto merecia,/
e condenou os olhos do seu juiz à noite eterna./
Mas o pai omnipotente ( pois não é lícito a um deus anular/
actos de outro deus), em compensação pela perda da visão,/
outorgou saber o futuro, e com tal privilégio aliviou a pena.
(...) Ovídio, METAMORFOSES. Tradução da Cotovia ( Não digo a página para lerem o livro todo!! ...)

AGORA PODEM COMPARAR E ESCOLHER:

" O post ... em tradução de Celina Lage, conforme o pedido dos latinistas de plantão:


Acaso lembram Júpiter, alegre de néctar, as preocupações/
graves ter posto de lado e ter-se ocupado de relaxados jogos/
com Juno folgada, e ter dito: “vosso prazer é maior,/
sem dúvida, do que aquele que atinge os machos”./
Ela nega. Resolveu que seja a sentença ao douto/
Tirésias perguntar; para ele Vênus era conhecida pelos dois lados./
Porque, de duas grandes copulantes, na verde floresta,/
os corpos das serpentes ele violentara com um golpe de cajado./
De homem, admiravelmente, feito mulher, sete/
outonos passara. No oitavo, novamente às mesmas/
viu e disse: “para que mude a sorte do autor no contrário,/
agora, do mesmo modo, que eu vos fira”. Atingidas as mesmas cobras,/
à forma primeira volta e chega ao seu aspecto de nascença./
Este, tomado como árbitro do jocoso litígio,/
confirma a fala de Júpiter. Juno, mais violenta do que o necessário,/
é levada não por ter sofrido pelo assunto, e do seu/
juíz condenou os olhos à noite eterna./
Mas o pai onipotente (pois não é lícito a nenhum deus fazer nulos/
os feitos de outro deus), em lugar da luz tirada,/
concedeu a ele saber o futuro e lavou o castigo com essa honra./

Tirado:
http://fogogrego.wunderblogs.com/archives/012009.html"


F-se! As mulheres têm sempre razão! E nunca são taradas.