Os professores preferem mais autonomia a orientações específicas do Ministério da Educação para trabalhar com alunos filhos de imigrantes e dão nota negativa às condições para acolher e garantir sucesso a crianças com deficiência, segundo um inquérito nacional.
O inquérito aos professores realizado no âmbito do projecto «Estado, Escola e Diversidade», cujos resultados são apresentados na segunda-feira, em Lisboa, mostra que a escola está ainda pouco preparada para lidar com públicos diferentes, disse à agência lusa a investigadora Joana Lopes Martins, co-autora do estudo.
«Aquilo que nos parece é que em tudo aquilo que está fora de um público considerado standard não há condições na escola para garantir sucesso», afirmou, remetendo para as respostas dos professores.
O trabalho, desenvolvido por Margarida Marques e Joana Lopes Martins, da Universidade Nova de Lisboa, incidiu na percepção dos professores sobre o acolhimento dos filhos dos imigrantes nas escolas públicas, do pré-escolar ao 12.º ano, e acabou por reunir um conjunto de dados que, apesar de não constarem do inquérito base, foram sugeridos pelos docentes.
Questionados sobre as características dos alunos que maiores desafios colocam aos professores e à escola, os professores indicaram a classe social (70 por cento), a origem imigrante (39 por cento), contra 17 por cento da emigrante, e a idade (26 por cento).
Segundo Joana Lopes Martins, o facto de a classe social surgir destacada não significa que seja um desafio inultrapassável: «Não é o desafio que traz mais problemas».
Apesar de não constar no inquérito, a questão da indisciplina foi referida por dois por cento dos docentes, apresentando o sexo e as famílias desestruturadas idênticas percentagens.
A falta de educação e valores (seis por cento) e a religião (também com seis por cento), o desinteresse pelo estudo (quatro por cento) e a falta de acompanhamento familiar (três por cento) completam este quadro.
Os resultados foram apurados com as respostas de 872 professores, dos quais 78 por cento mulheres.
Cento e vinte docentes tiverem eles próprios uma experiência migratória: 45 vieram de Angola, 35 de Moçambique, 17 de França e os restantes de outros países.
O inquérito aos professores realizado no âmbito do projecto «Estado, Escola e Diversidade», cujos resultados são apresentados na segunda-feira, em Lisboa, mostra que a escola está ainda pouco preparada para lidar com públicos diferentes, disse à agência lusa a investigadora Joana Lopes Martins, co-autora do estudo.
«Aquilo que nos parece é que em tudo aquilo que está fora de um público considerado standard não há condições na escola para garantir sucesso», afirmou, remetendo para as respostas dos professores.
O trabalho, desenvolvido por Margarida Marques e Joana Lopes Martins, da Universidade Nova de Lisboa, incidiu na percepção dos professores sobre o acolhimento dos filhos dos imigrantes nas escolas públicas, do pré-escolar ao 12.º ano, e acabou por reunir um conjunto de dados que, apesar de não constarem do inquérito base, foram sugeridos pelos docentes.
Questionados sobre as características dos alunos que maiores desafios colocam aos professores e à escola, os professores indicaram a classe social (70 por cento), a origem imigrante (39 por cento), contra 17 por cento da emigrante, e a idade (26 por cento).
Segundo Joana Lopes Martins, o facto de a classe social surgir destacada não significa que seja um desafio inultrapassável: «Não é o desafio que traz mais problemas».
Apesar de não constar no inquérito, a questão da indisciplina foi referida por dois por cento dos docentes, apresentando o sexo e as famílias desestruturadas idênticas percentagens.
A falta de educação e valores (seis por cento) e a religião (também com seis por cento), o desinteresse pelo estudo (quatro por cento) e a falta de acompanhamento familiar (três por cento) completam este quadro.
Os resultados foram apurados com as respostas de 872 professores, dos quais 78 por cento mulheres.
Cento e vinte docentes tiverem eles próprios uma experiência migratória: 45 vieram de Angola, 35 de Moçambique, 17 de França e os restantes de outros países.