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O que foi do que te fiz
oásis
dia-a-dia
supus que te teria sempre sem perder
nenhuma faculdade, e do preceito
penso: lamina o rosto
– os possíveis de ter ou imaginar –
familiarmente
sob o gume dos olhos,
não rias,
volta – sempre – ágil
a boca num esgar
onde se fixa um arraial de medo,
levantando areia permeável ao visco,
como ( ao invés, alertando)
a luz – orgânica – embusteia o corpo seu farol:
vai ser breve o sabor do tempo,
quando o teu dia chegar terra
a que conserva a geometria
do afecto, no seu afago esplêndido.
...
F-se! ... "vai ser breve o sabor do tempo," gosto deste verso ... Y parece tanto tempo! Mas não é! É breve. Breve. Breve...