Friday, July 11, 2008

F-se! Só agora é que percebi! ( Pois! É Grave. É.)

O texto que se segue é o meu comentário deixado num blog da minha terra. Comento o post, e o entre aspas é mais uma achega de outro comentador - da minha terra - ao post do bloger da minha terra.
Este - meu - post também é uma homenagem à Programação da Fundação Gulbenkian. A qual só agora percebi. A qual só agora desconstruí. A qual só agora digo duplamente: "mais vale tarde do que nunca".
Não. Não é "ética de gabinete" como aqui legendei num dia qualquer de Abril ou Maio. Mas só agora percebi.
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... Adiante.............................................
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O Anónimo da minha terra põe a cereja no cimo do bolo: "É vê-los em grupo, da forma como falam e se comportam. Os (de) S., jovens e não só devem estar atentos a esta situação porque , de repente sem ninguém esperar esses grupos podem despoletar alguma violência nas ruas de S.."
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(o meu comentário segue assim:
Este anónimo tem problemas graves de imaginação? Será ou talvez não?
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Jovens de S., Mocidade de S., seres especiais à face da terra: FIQUEM EM CASA.
O vosso destino está NEGRO.NEGRO. O TeRROR espreita-os em cada esquina.
Por Favor não larguem a saia da vossa santa-Mãe e chamem pelos vossos pais.
Pois, não há GNR's, há indivíduos que se deslocam em bandos, vindos do Montijo, do Barreiro, do Seixal e são pretos. Já sabem: pretos. Pretos. Negros como a noite ( não é bronzeados, por favor(!) não se deixem iludir, enganar! O preto não engana, não se confunde com os bronzeados.)
Nós, ó magnífica mocidade! Nós somos Bronzeados! Quando dizemos "estás mais preto que o Carvão" é a brincar. Não se deixem baralhar. Aprendam. Eles, os pretos, não falam o nosso dialecto. E não há pretos no campo. No campo há camponeses; que são mais brancos que a gente - a gasolina está cara e elas já não vêm à praia; coitadinhos, dos nossos camponeses. Agora temos Pretos do Seixal.
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E atenção: cuidado (!) muito cuidado.
Na marginal só podem ir ao "7-UP". Mas temam pela vossa saúde perigosos seres ladeiam o "7-UP"! São brancos! Brancos! Mas muito cuidado: São Pobres.
Outro enorme perigo que a sociedade de S. enfrenta.
Os pobres ainda são mais perigosos que os Pretos. Os Pobres tiram o brilho e esplendor às nossas vestes, aos nossos penteados, ao nosso bom gosto no vestir. Os pobres são um flagelo, um verdadeiro flagelo estético na nossa estadia no "7-Up", corremos o perigo de ser confundidos com eles, esses pobres; esses seres humanos menores que não têm a nossa categoria. Sim. Nós somos pessoas de categoria! "Nós temos!" "Nós temos." "Nós não semos pobres." "Não semos." "Nunca saremos." "Pois. Nós sabemos que samos ricos." "Oh!" E como a nossa noite fica estragada quando o nosso olhar (quando bandeamos a cabeça, para nos auto-comprazermos uns aos outros, nas nossas maneiras que tanta dedicação e empenho nos exigem). Dizia: nós no meio - na virtude, no "7-Up" - olhamos para a direita ( "CLub Marginal") e vemos pobres, olhamos para a esquerda ("Barco Douro") e pobres vemos. E nessa sanduíche de pobres não passamos de mortadela de moral barata. Sames uns segregados estéticos de copo na mão.
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CONCLUSÃO:ATENÇÃO a quem por S. anda, especialmente se for POBRE OU PRETO!( 11 de Julho de 2008 3:49 ) PS.: A minha terra é igual às outras, podia ser a vossa. Vale.
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F-se! VERÃO DE 2008. FUNDAÇÃO GULBENKIAN! É PRECISO EXPLICAR??! Tal como em S. o Preto & o Pobre é perigoso para a imaginação do autóctone Branco endinheirado, para LX - só agora (!) - o mais elitista dos seus espaços Institucionais de acesso Público-Lúdico/Cultural IMPÔS aos olhos da cidade que o PRETO FAZ PARTE DA CIDADE E NÃO FALA DIALECTO, FALA PORTUGUÊS! É PORTUGUÊS!!! ( É simbólico! Altamente simbólico! Ou não é? Programar pode ser uma Obra de Arte! Um acto altamente de elevação humana.