– Porquê um livro sobre o ‘Big Brother’ dez anos depois do programa?
– Porque o facto de ter participado no programa continua a ter peso na minha vida pessoal e profissional. Continuo a ser conhecida como a Marta do ‘Big Brother’’, nada que me incomode, apesar de ter feito inúmeras coisas com visibilidade, mas não há dúvida de que foi um fenómeno televisivo inesperado e sem precedentes. Primeira vez há só uma.
– Há revelações-surpresa do tipo aconteceu mas não se viu?
– Não no sentido de episódios censurados mas de natureza íntima, sim... Por exemplo, não sendo eu naturalmente expansiva ou fria, sou muito prática, sinto como toda a gente e houve alturas em que fiz julgamentos errados das pessoas que lá estavam. Não vou mostrar só o que é bom. Vou mostrar também o que temos de pior.
– Algum episódio em especial e em foco no livro?
– O meu envolvimento físico com o Marco (ex-marido e pai do filho), os medos e a preocupação com a família. Vou recuperar momentos marcantes como o do pontapé à Sónia e a forma como o Marco foi tratado, se foi expulsão ou não ainda hoje se discute.
– Sair como casal aumentou a exposição pública. Foi difícil?
– Talvez, mas como estávamos ambos muito seguros do que tínhamos começado dentro da casa, a partir daí era uma questão de coerência.
– Mas o Zé Maria lamentou a falta de apoio para gerir o mediatismo?
– É verdade, mas era preciso que o fenómeno fosse previsível para essa necessidade estar contemplada. Era tudo novo e inesperado. Sair do anonimato para o estrelato foi uma violência, mas não há culpados.
fonte: vidas
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