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In the 1620s, Marie de' Medici, the queen-mother of France, commissioned Rubens to paint two allegorical cycles now known as the Marie de' Medici cycle to commemorate her life with the late Henry IV of France. One of those paintings, Rubens’ The Arrival of Marie de' Medici at Marseilles (above, from 1626), shows the young queen disembarking from the ship that had brought her from her native Florence, where she married Henry IV by proxy. A helmeted, blue-caped embodiment of France greets Marie on the gangplank. Beneath them, three buxom Nereids stand with Poseidon and other mythological sea figures that protected the new Queen on her voyage. Marie de’ Medici may be the intended center of attention, but the Nereids upstage her with their beauty, nudity, and fluidity. The rolls of their flesh roll like the waves themselves, making the sea goddesses seem to move even when standing still. By contrast, Marie seems statuesque in a bad way—cold, lifeless, and literally bloodless. There’s little promise of passion in the proxy marriage between Marie and Henry judging from this picture.
Rubens first wife died in 1626. Four years later, he married a voluptuous 16-year-old beauty named Hélène Fourment. Hélène became the muse of Rubens last years. She modeled at least one, and perhaps all three of the full-figured women in Rubens’ The Three Graces (above, from 1636). Granted, Rubens painted male figures who could use a gym membership, too, in works such as Bacchus (1640), but clearly Rubens’ ideal womanly figure was a full one. I guess it stands to reason that an artist with such a vigorous, omnivorous approach to life and art would admire women who also grabbed all the gusto they could. Rubens art does nothing by half measures, including portraying the female figure. Many primitive cultures worshiped a full-figured female type as the embodiment of fecundity. Despite being surrounded by the trappings of European civilization, Rubens “Rubenesque” ladies embody the fecundity of the primitive drives of his prodigious imagination.
Estas duas últimas semanas têm correspondido plenamente aos anseios seculares da chamada Ummah. De facto, o mundo muçulmano tem preenchido os cabeçalhos da imprensa escrita, enquanto beneficia igualmente da duvidosa honra de abertura de todos os telejornais.
Trata-se de uma notoriedade pelas piores razões. A informação global, ao invés de apresentar esta "civilização" com as pinceladas do já há muito fanado brilho do Califado de Córdova, mostra-nos o culminar de um processo já vetusto de uma época em que saídas da camisa de forças do colonialismo - ou mandato - ocidental, as sociedades de matriz maometana procuraram afirmar uma improvável identidade comum, apenas possível pela crença religiosa. De Marrocos ao Bornéu, jamais existiu essa imaginada unidade que os proselitistas exaltam no fervor dos sentidos, diante das multidões receptivas a uma qualquer mensagem de esperança. Profundamente humilhadas por um longo processo histórico que as conduziu a uma estratificação social - logo político-económica - vexatória a que se resignaram, as gentes recentemente definidas em termos de nação pelas fronteiras de Estados gizados a régua e esquadro pelos nazarin, encontraram num perdido passado de expansão militar, re-descoberta dos Clássicos e construção de impérios relativamente efémeros, um hipotético modelo orientador para um porvir que emanando directamente do Todo Poderoso, apenas significaria a recompensa pela cornucópia da glória, abundância e superioridade da sua identitária fé. Pouco importariam as realidades apresentadas por uma Turquia em secularização coerciva, uma Argélia satelitizada pela suserania da Santa Mãe do materialismo russo-soviético, ou ainda, a da antiga Pérsia que queria surgir diante da Europa como sua directa antepassada, sem a mediação incómoda aferrada pelos cavaleiros vindos do deserto do sul e que de cimitarra a tinha subjugado. Pareciam ser aspectos menores diante daquilo que verdadeiramente era capaz de unificar de este para oeste, um novo mundo em formação. Impossível.
A realidade internacional saída da II Guerra Mundial e que mergulhando na Guerra Fria dividiu as principais - e até aí hegemónicas - potências europeias em dois campos, definiu os blocos em liça pela supremacia. Sendo o bloco norte americano um natural prolongamento da Europa, os novos Estados do hemisfério sul continuaram fatalmente a servir como móbil nos jogos de poder, definindo desde a independência qual o dois dos Grandes - os EUA e a URSS - corresponderiam aos desígnios das elites formadas pelo colonialismo e que recentemente chegadas ao poder, esperavam ansiosamente afirmar-se no palco internacional, por esta forma consolidando a sua prevalência interna.
Embora os europeus e os "árabes" estejam separados por esse mar-de-ninguém que é o Mediterrâneo, desde sempre a História mostrou existir um "amigo e protector" dos muçulmanos. Francisco I de França abasteceu as galeras da Sublime Porta, contrariando a aventura do império mundial de Carlos V. Luís XIV aproveitou o avanço otomano contra Viena, atacando a rectaguarda dos Habsburgo em Espanha, nos Países Baixos, no Franco-Condado e nos mares. Napoleão imaginou uma aliança com o sultão, para poder submeter o bloco austríaco e condicionar os ímpetos do fogoso czar Alexandre. Guilherme II apresentou a Constantinopla a conveniência da assistência prussiana, assumindo-se como protector de um império cujos achaques de "homem doente da Europa" faziam adivinhar um fim próximo. Hitler recebeu o Grande Mufti de Jerusalém - o único homem a quem permitiu o uso de um cafetã na sua presença - , sancionou o ingresso de combatentes pelo Islão nas SS e no Mein Kampf, afirmava a conveniência que o credo de Mafoma significaria para a organização da sua própria Jihad em direcção a um Lebensraum não apenas material, mas perfeitamente correspondente aos velhos mitos germânicos dos tempos da vida nas florestas, em oposição à decadência de uma Roma invejada e porque inatingível, tornara-se desprezível e pouco animosa.
Uma lista dos chamados grandes homens do século árabe - na conhecida e errónea vulgarização do termo pelos ocidentais - das independências, demonstra-nos a simples não existência de um único que sendo perfeitamente autónomo relativamente ao odiado Ocidente, pudesse imitar o tolerante e grande chefe que fora o Saladino dos tempos áureos de Bagdade. O líbio Idris, o saudita Ibn-Saud, os egípcios Faruk e Nasser, a plêiade de quase desconhecidos generais que sucessivamente se sentaram no trono do menino Faiçal II do Iraque, os novos Khan-presidentes do artificial Paquistão, os Ben Bella, Bourgibas, Assads, Kaddafys e tantos, tantos outros que a história apenas reconhecerá em notas de rodapé, nenhum deles foi capaz de oferecer ao seu povo, um modelo definido de ordem, prosperidade e sobretudo, de reconhecimento geral pelo brilho de uma cultura já há muito assimilada pelos europeus. Arrancaram à terra as suas riquezas, desbaratando-as em novéis palácios de Mil e Uma Noites de pesadelos de tortura, guerras, extorsão e preconceitos anacrónicos. Entre todos os "grandes dirigentes muçulmanos", apenas dois perfazem integralmente o arquétipo do homem diligente, moderno e senhor das suas acções que fora de portas é um igual entre os maiores: Attaturk e Mohammad Reza Pahlavi - seguindo o programa modernizador do pai -, estes directos herdeiros de um outro mundo velho de muitos séculos e que compreenderam a necessidade de adequar a sociedade aos tempos da tecnologia, universalidade da Lei e liberdade nacional, bem diferente do complexo e muitas vezes equívoco conceito que a restringe à esfera pessoal do anónimo.
Fracassaram nos seus propósitos, pois ansiosos em ir sempre mais além e de forma acelerada, não conseguiram ser totalmente compreendidos e acompanhados por sociedades resignadas e estruturadas de uma forma conceptual diametralmente oposta à do modelo que lhes ditava a moda, organizava os serviços essenciais a um Estado, criava o consumo e estabelecia os parâmetros de conduta. Se Attaturk ainda permanece hoje como uma referência ciosamente guardada pela vigilância que os militares exercem sobre as sucessivas interpretações do próprio khemalismo, o grande homem que foi o Xá Reza Pahlavi, acabou deposto pela conjugação de factores que não podia controlar. O auge do confronto EUA-URSS no ocaso da Guerra Fria; os choques petrolíferos nos quais procurou ser um elemento apaziguador - que lhe granjeou acirrados ódios internos e entre os "irmãos de fé" -; a oposição de um clero profundamente patriarcal e de uma mentalidade onde prevalecia o espírito da organização rural em contraposto à "prostituída" vida urbana e finalmente, as consequências inevitáveis do seu desejo de independência e de igualdade entre os grandes, condenaram-no a um fracasso que criou uma inédita situação internacional que hoje parece finalmente evoluir de forma abrupta e inesperada.
Esta dualidade amor-ódio pelo Ocidente, pode ser afinal, um grande e poderoso móbil para mais uma e talvez derradeira aproximação do Ocidente, a um "mundo muçulmano" desconfiado, hesitante, mas talvez ainda possível de subtrair à total capitulação perante uma interpretação abusiva de um passado cada vez mais anacrónico. Usam e idolatram a tecnologia nazarin, organizam as suas cidades sob a métrica nazarin, organizam-se em termos legais numa mescla impossível do primado constitucional-legal nazarin, com os preceitos próprios para a salvaguarda identitária das já há muito desaparecidas tribos do deserto do século VI. Encandeados pela luz das nossas urbes são para a Europa atraídos como ferro para imã, mas a coacção moral e física de uns tantos, julga poder convencer a massa expectante, da prometida conquista que vingue a própria impotência.
A única fórmula possível de assistência naquela demanda pelo progresso, consiste na manutenção de uma posição firme, inabalável. Qualquer cedência ao capricho de assembleias de homens sábios, condena aquelas sociedades a um desastroso fracasso, do qual nós próprios seremos as preferenciais vítimas. Há que resistir.
Although Tanner’s lauded as the first great African-American painter, few of his paintings deal with race. The Banjo Lesson and a few others are actually the exceptions in his career. Tanner’s The Annunciation (above, from 1898) is actually more representative of his body of work. Using his wife as a model for the Virgin Mary receiving the angel telling her that she’s going to give birth to the messiah, Tanner creates a scene of simplicity and realism that strikes at the heart of the humanity of the scene rather than plasters piety over it. I’ve looked at this painting many times in person at the PMA and always come away touched by the depth of feeling and faith it conveys. Depicting the angel as simply a brilliant light, Tanner resists the urge to bring the heavenly down to earth through illustration. It was this great faith that allowed Tanner to go on despite racial prejudice. France must have seemed like a great oasis to him. When artists of the Harlem Renaissance such as William H. Johnson traveled to Paris in the 1920s in pursuit of a better racial climate and new art experiences, they sought out Tanner as a pioneer and a pattern for their own careers.
Tanner never returned to America. Sadly, it took many years for him to gain any recognition in his homeland. In 1996, President Bill Clinton and First Lady Hillary Clinton oversaw the purchase of Tanner’s Sand Dunes at Sunset, Atlantic City (above, from 1885) for the White House’s Green Room, making it the first artwork by an African-American artist to become part of the White House’s permanent collection. It was a fitting way of bringing Tanner “home,” in that rather than force the label of African-American artist on him with one of his images of black culture, the Clintons chose instead a landscape that could have been painted by anyone with great talent, regardless of skin color. Tanner had finally found the racially blind acceptance that he had looked for all along.
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